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A vida de Sundays

A vida de Sundays

Esquerda ou direita?

Parece que hoje é o dia internacional dos canhotos. Diz-se que os que escrevem e executam a maioria das tarefas com a mão esquerda são mais inteligentes, que são mais rápidos no pensamento e utilizam os hemisférios do cérebro com mais destreza. Mas também são considerados desajeitados e, muitas vezes, discriminados, por coisas tão básicas como as tesouras - ergonomicamente adaptadas aos destros - não serem confortáveis ou pelas cadeiras da faculdade terem o apoio do braço do lado direito.

 

Então e os ambidestros? Para esses não existem dias comemorativos nem palmadinhas nas costas."Ah e tal, para esses é mais fácil porque tanto faz". Txeee, desenganem-se! Os ambidestros também sofrem. Não só porque não usam sempre a mão direita para todas as tarefas, como também porque não sabem qual é a mão/hemisfério/lado do corpo que devem utilizar porque, simplesmente, é indiferente.

 

Situações que envolvem a esquerda e a direita e que me tiram dez anos de vida de cada vez que acontecem:

 

1. Pôr a mesa é um processo mental complexo: afinal, de que lado se coloca a faca e o garfo? Não faço ideia. Se pensar um bocadinho e fizer uma viagem mental por vinte e quatro anos de refeições diárias, sou capaz de conseguir visualizar com que mão comem as pessoas à minha volta, mas é só isso.

 

2. Ter aulas de condução, ouvir o instrutor dizer "vire na próxima à esquerda" e ter de esquecer tudo o resto - embraiagem, travão, acelerador, pisca - para implorar ao cérebro que nos elucide, por favor!, quanto ao lado certo para virar. E rapidinho, de preferência.

 

Bom, nestas situações o mais comum é levantar-se as mãos, fazer-se um movimento esquisito com ambas, até compreender com qual é que se escreve (neste caso porque não fui brindada com a arte da ambidestria na escrita, valha-nos isso!).

 

Guardiões da Galáxia: acção e conteúdo finalmente juntos

Que é feito dos filmes de acção vazios de conteúdo, com super-heróis que salvam o mundo com um estalar de dedos e são ocos que nem um côco por dentro? Eu sei que sou a pessoa mais crítica em relação a filmes do universo da Marvel, DC Comics e outros que os valham, mas este fim-de-semana fui ao cinema ver o Guardiões da Galáxia e sai extasiada com a qualidade de um filme que podia ser só mais um sem fim de clichês e frases feitas, daqueles em que se vê os primeiros cinco minutos e já topaste a história toda. Mas não, não não, nada disso. O Guardiões da Galáxia é muito mais do que super-heróis a salvar o mundo - ou, neste caso, a galáxia. Conseguimos, desde o primeiro minuto, criar empatia com as personagens, que são aqui muito mais do que armas mortíferas. Todos os protagonistas têm uma história de vida, fantasmas que os atormentam e uma causa pela qual lutam. Além disso, a dinâmica que estabelecem entre si é deliciosa, do início ao fim. Destaque para o guaxinim falador e a árvore mutante cujo vocabulário se resume a "I am Groot" (dá para acreditar que saí da sala com vontade de ter um pequeno Groot em casa?). A acção do filme também se desenrola de uma forma estranhamente descontraída e agradável, é puro entretenimento, minha gente! E a banda sonora? Um estilo muito soul que vai buscar hits dos anos 70 sem os quais não seria a mesma coisa.

 

Ide ao cinema, comai pipocas e disfrutai, meus fofinhos!

 

Se és gajo podes parar de ler por aqui. Meninas, atentem...
Pequena nota feminina: e o que o Chris Pratt mudou para fazer este filme, hein? Ao que parece, levantou o rabinho do sofá e trocou a vida sedentária por seis meses a dar no duro no ginásio. Nós por cá não levantamos objecções a esta mudança, pois não?