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A vida de Sundays

A vida de Sundays

Ainda há pessoas fofinhas no mundo!

Ontem, estava eu entretida a procurar bibliografia para a minha tese de mestrado, quando me deparo com um livro, da autoria de um senhor espanhol, que era mesmo, mesmo perfeitinho para me servir de apoio ao tema que estou a estudar. Comecei a fazer uma pesquisa no Google a ver se o dito existia em alguma livraria, biblioteca, onde quer que fosse que eu pudesse, pelo menos, dar uma vista de olhos. A verdade é que o dito cujo não deu sinais de existir por cá, em terras lusas. E, se há coisa que eu sou (e me orgulho de ser) é persistente. Conheço muita boa gente, e já lidei com várias pessoas no dia-a-dia que são, errrr.... como dizer? Comodistas. Deixam-se estar e pouco fazem para conseguir aquilo que querem, ou, por outras palavras, se as coisas não lhes vierem parar abaixo do nariz, nada feito. Eu gosto de utilizar todos os recursos que tenho, falar com as pessoas certas, utilizar as referências que me parecem mais convenientes... Mesmo que saiba que não é obrigatório, se enriquece o produto final (seja ele qual for) então bora lá. Esta regrazinha persegue-me e espero levá-la até ao fim da minha singela vidinha, em tudo quanto é pormenor. Isto tudo para dizer que, não havia livro, mas encontrei o mail do autor e resolvi entrar em contacto com o mesmo. Bom, tinha tanto a perder como tinha de esperança: nenhuma. Mas, ainda assim, pareceu-me o mais correcto. Saquei dos meus dotes linguísticos de castelhano e enviei o mail ao senhor a perguntar qual seria a melhor forma de ter acesso ao livro, enquanto pensava "este mail provavelmente está desactualizado, e se não estiver, o fulano vai olhar e nem vai ler, e, se ler, dá uma gargalhada maquiavélica e manda para o Lixo". Ora, pois bem. Ainda há gente boa no mundo. Não é que esta manhã quando fui consultar a caixa, já tinha uma resposta? E mais, o senhor respondeu-me simpaticamente que o livro estava esgotado mas que me enviava a versão em PDF... E lá estava ele, bonitinho e anexado, o belo do documento! Nem sabia bem o que responder, ocorreu-me um "o senhor é a pessoa mais fofinha de sempre, beijinhos e cutxicutxi para si" mas pareceu-me forçado e fiquei-me por um "Muchas, muchas gracias. Saludos".

Como é que se explica...

...o facto de todos os dias, aí por volta do fim da tarde, eu dizer a mim mesma "hoje vou deitar-me a horas de gente normal" com uma confiança de quem poria as mãos no fogo por mim mesma, e ainda estar aqui a esta hora com vontade de ver mais um episódio ou dois de uma série? Ah, espera, é que eu não sou normal. Está esclarecido.

Quero uma parka!

Quero. Porque são confortáveis e ficam bem com tudo. Porque são perfeitas para as noites fresquinhas de verão. E para os dias assim-assim de inverno. Quero. Porque ficam bem com calções e porque ficam bem com vestidos. Quero muito e sinto que já devia ter comprado há muito tempo. Estou fartinha de sair de casa, lindona, com todos os adornos e adereços a que tenho direito - ela toca de meter colares, ela toca de vestir camisolas lindas e pulseiras e relógios a condizer - e depois toma lá lontra mete lá este casacão grosso e pesado no lombo, fecha-o bem fechadinho que está frio e ainda apanhas uma constipação... e 1, 2, 3 já perdeste a gracinha toda! Fo#$&%, estou mesmo farta do frio! E quero uma parka, já disse?

 

Não há amor mais complicado do que este

Breve troca de sms com a minha irmã ou, por assim dizer, com a pita-com-a-mania-que-é-esperta cá de casa:

 

Pita: ads

Eu: o que é isso?

Pita: mds até metes nojo

Eu: mds? Isso é o quê? E porque é que estás a dizer isso?

Pita: ads = adeus, mds = meu deus. Toda a gente sabe isto.

Eu: toda a gente = todas as pitas, não toda a gente normal.

Pita: continua para aí a estudar e deixa-me.

 

Temos nove anos de diferença. Nove aninhos. Eu 23, ela 14. Não é como se tivéssemos um fosso intransponível entre nós mas também não é fácil sermos pessoas normais de cada vez que interagimos. A verdade é que com a minha irmã sou capaz do melhor e do pior. Partilhamos imensa coisa, gostos musicais, séries e filmes, somos capazes de passar uma tarde inteira nas compras ou no quarto a falar das coisas mais descabidas. E esse é o lado bom de ter uma irmã. É uma espécie de bolha actimel, o único sítio onde me posso refugiar quando me apetece chorar só porque sim, sem ser assaltada com perguntas. Deixo-me estar. E estar, só por estar, com ela, faz-me bem. Também é com ela que vou ter quando quero partilhar a piada mais recriminável de todas, aquela coisa estúpida sobre a qual me sinto a pior pessoa do mundo por estar a fazer piada mas que sei que ela vai rir tanto ou mais despudoradamente do que eu. E ri. E rimos as duas. Até doer a barriga e faltar o ar. E, acreditem, é a melhor coisa do mundo esta de termos alguém que é um bocadinho de nós no sangue e na alma. Depois há o lado negro, aquele que, por sermos tanto uma da outra, não conseguimos ser normais uma com a outra. É que se tiver de me chatear à séria com ela, não consigo não ser indelicada. Sou e de uma forma como não o sou com mais ninguém. Chamo-lhe nomes, grito e levo para troca, e cinco minutos depois já só me apetece ir ter com ela e rir do que acabou de acontecer. E ao contrário passa-se exactamente a mesma coisa. É a ironia de querermos tão bem a alguém tão próximo, não existe o socialmente correcto nem há espaço para meias medidas. Só a sinceridade, o caos, o amor. Tudo à flor da pele.

Dava um bocadinho de mim para ser assim #1

 

Cara Delevingne é a cara britânica do momento (gostaram do trocadilho? Cara cara, ahah. Pronto, já passou). É daquelas figuras que não se esquecem. A "angel face" contrabalançada com as sobrancelhas grossas e bem realçadas dão-lhe o ar rebelde e demarcado suficiente para se destacar no mundo da moda. É aquele tipo de menina que podia esforçar-se para ser feia mas, coitadinha, só ia estar a perder tempo. Mas o que me faz gostar mesmo dela é o estilo: irreverente, sempre muito casual, despreocupado mas arranjado. Parece que apanhou a primeira coisa que lhe veio à mão mas o resultado final é sempre irrepreensível. Aposta forte nos cabedais e no rock indie star, adoro, adoro! Recentemente assumiu a relação com a actriz Michelle Rodriguez, clap clap clap.

 

 

 

 

 

 

 

Já é meu! #1

Eu tenho um problema com a Kiko Make Up... É um problema grave, não é de agora e, por isso, tento manter a devida distância de segurança das lojas da marca. É que, sempre que passo por uma, tenho uma crise de ansiedade... e lembro-me que preciso de substituir um verniz que está a acabar, ou de uma nova cor que ainda não tenho, ou daquele batom que já tenho mas que queria experimentar um tom acima, ou da máscara de volume que está mesmo, mesmo a dar as últimas, ou do meu corrector que está em óptimas condições mas que, por um motivo qualquer inventado em cima do joelho, precisa mesmo de ser substítuido! Pois bem, ontem foi dia de mais uma crise. Ia eu calmamente a passear com o rapaz nesta tarde de domingo e eis que ela surge, assim do nada. Claro que comecei a hiperventilar, tensão a subir, suores frios... E lá fui, completamente arrebanhada. É que o mais fantástico irritante na Kiko é a relação qualidade/preço aliada à enorme variedade. Há de tudo! E, assim de repente, perco-me nos vernizes. E quando estão em promoção então, ainda mais. 

 

As aquisições de ontem:

 

 

 

1. Gosto especialmente do cheiro da gama Ultra Glossy. Tem assim um aroma parecido com pastilha elástica de morango irresistível. 3,90€

2. Tenho pancada por vernizes. Desta colecção já lhes perdi a conta a quantos tenho. Este verde seco estava em promoção, 1€

3. De secagem rápida e óptimo dado o efeito brilhante (e que dura bastante mais em relação à gama standard). O preço habitual é 3,90€, eu comprei a 1,90€. São os saldos, corraaam!

4. 2 em 1. Podem ser usados separadamente ou em conjunto que diz que dá um efeito bem giro. Ainda não experimentei, veremos. 1€

O amanhã é hoje!

Sabem quando prometemos a nós mesmos que "amanhã é que é, amanhã começo isto dê lá por onde der"? Pois, aquele adiamento interminável que nos faz deixar sempre para amanhã aquela coisa chata e entediante que nos anda a atormentar, à qual sabemos que não dá para escapar mas que, porra, pode ficar para amanhã! Ando há uma semana a dizer a mim própria que "de segunda-feira da próxima semana não escapa, a tese tem de arrancar"! E aqui estou eu, pobre coitada, trombas de elefante, que nem uma autêntica couve murcha, com espírito de matem-me-vocês-ou-mato-me-eu, prontinha a lamber os 138473 livros e a analisar os mais de 764854 anúncios publicitários com vista a uma dissertação de sucesso e a alcançar o dignissimo grau de mestre. Wish me luck (é que preciso tanto)!

 

  

 

Fiéis ilustrações do meu estado de alma

"Cordas" ou A mais bela história de amor

Há histórias e histórias... Depois há AS histórias. Que nos fazem respirar mais fundo e levam para sempre um bocadinho de nós. Esta curta-metragem ganhou o Goya deste ano e é inspirada nos filhos do seu realizador, Pedro Solís, cuja filha é apaixonada pelo irmão que sofre de paralisia cerebral. A prova de que as crianças são os seres mais verdadeiros e inocentes à face da terra e os protagonistas das mais belas histórias de amor. Façam um favor a vós próprios e vejam.

 

 

Coisas que eu oiço...

"O governo manda os jovens emigrar porque isso é uma fonte de rendimento para Portugal"

 

AHAHAHAH, esta acabou de ganhar o título de piada do mês. Ora então, eu, recém-licenciada, desempregada a finalizar o mestrado, se me decidir a ir para fora é, definitivamente, para enviar dinheiro à minha família que está a viver em Portugal e que, eu, a muito custo, sustento. Está então justificado o conselho do nosso estimado Primeiro-Ministro.

Não, amigos. Errado. Se por acaso algum dia optar ir para fora, é porque não tenho outra solução do que ir construir o meu futuro num lugar que me permita fazê-lo de forma mais digna. Um lugar onde possa optar por um emprego que me faça jus. Um lugar que apoie a família. Um lugar onde ainda permitam a existência e desenvolvimento da cultura. Um lugar com alma. Um lugar que me dê esperança. Não digo que mais tarde não poderia volta ao país que me viu crescer. Mas o objectivo de um emigrante hoje em dia não é sair, assim num lusco fusco de 2/3 anos em que consiga fazer o máximo de dinheiro possível para poder proporcionar à sua família uma vida digna. Os jovens emigrantes de hoje partem em busca de um futuro mais sorridente, são desprendidos, não deixam muito para trás. Tenho dezenas de amigos e conhecidos na casa dos 20 anos que partiram para o Reino Unido, França, Irlanda e por aí fora, que decididamente não sairam com o objectivo principal de ajudar a família, mas sim a si próprios. Sejamos realistas, não queiramos justificar o injustificável. 

Chocolate, a quanto obrigas!

A semana passada ouvi falar n'O Chocolate em Lisboa, um evento no Campo Pequeno para promover, nada mais nada menos, do que chocolate. Pois bem, como chocaholica confessa que sou, e menina para conseguir fazer uma uma alimentação equilibrada entre tablets milka, bombons Lindor e sortidos da Nestlé durante, quem sabe, duas semanas, marquei na minha agenda uma visita ao local. Afinal de contas, a entrada de 3€ e a possibilidade de conhecer "alguns dos melhores chocolates do mundo" era convidativa.

 

Sábado, 15h30. Subimos as escadas do metro do Campo Pequeno e começámos a seguir com o olhar a fila que se erguia ao longo de todo o quarteirão que envolve a praça de touros. Não esperávamos tamanha adesão, mas como a fila até estava a andar relativamente rápido, resolvemos ficar. 

 

16h25. Parece que, de repente, a fila começou a andar mais devagar e demorei a chegar à entrada do edifício da praça de touros praticamente uma hora. Pensamento: "Ok, foi quase uma hora de espera, mas já está, já passou. Agora vem a parte boa. Siga para o chocolate!"

 

17h10. Tão ingénua. Pensei realmente que entrar no edifício da praça era sinónimo de entrar no recinto da feira. Naaaaa! Não podia ser assim tão fácil. A fila que víamos cá fora tinha afinal o dobro do comprimento, já que o corredor interior do edifício, que circunda a praça propriamente dita, também fazia parte da mesma. Bonito. Quase duas horas na fila, DUAS HORAS. Fiquei curiosa por saber quantas pessoas teriam ficado naquela fila do demónio se soubesse deste pequeno pormenor! Cheguei ao fim com mais vontade de pagar 3€ por dez minutos num sofá do que propriamente para entrar na feira. 

 

Lá dentro, por muito bonitos e apetitosos que fossem todos os chocolates e mais alguns, o espaço do Campo Pequeno é fisicamente pequeno para suportar tanta afluência. Foi impossível ver as bancas em condições e desfrutar do que era de um evento que tinha tudo para correr melhor. Houve mesmo uma fracção de 20 segundos em que queria andar e simplesmente não me conseguia mexer. Impróprio para fofinhos que sofram de claustrofobias e que tais.

 

Conclusão: 2 horas de fila, 20 minutos de feira.

 

Chocolate, chocolate... Aqui é que tu estás bem, no quentinho do sofá, acompanhado pela bela da mantinha.

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